Os preocupados com as gerações futuras
Um indivíduo para pertencer a este
grupo de pessoas tem de ser muito preocupada com as gerações futuras, mas só em
termos financeiros, ou seja, é importante garantir que as gerações futuras
tenham recursos financeiros: muitos ativos que lhes proporcione bem-estar e nenhuns
passivos para pagar. Um balanço bem feito: débito, crédito e capital próprio
positivo, tudo numa folha de papel, os números a corresponder ao desejo deste
tipo de indivíduos, a representar fielmente a realidade física e de acordo com
o significado das palavras. Para que isto aconteça, e que as gerações futuras,
do “mundo ocidental”, recebam um “mundo ocidental” com capital próprio positivo,
os recursos de todo planeta tem de estar sujeitos à sobre-exploração, ao excesso
de poluição, ao sobreaquecimento do planeta, à destruição descontrolada de ecossistemas,
à morte de humanos por fome e sem compaixão, etc… Uma tendência facilmente observável
que ocorrerá até o planeta chegar a um ponto de ruptura, sempre com preocupação
de deixar ativos financeiros às gerações futuras.
Este raciocínio leva-me a pensar
que estes que se preocupam com o capital financeiro a legar às gerações futuras,
estão apenas preocupadas com o seu próprio presente, quanto mais capital se acumular
a cada momento melhor será, pois dele poderão usufruir, sendo este usufruto branqueado
com a bandeira das gerações futuras.
É fácil de perceber que cada
geração posterior vai receber da geração anterior um planeta em pior estado, e a
ironia deste discurso é caricata, pois faz-me lembrar aquela rábula do
indivíduo que morre e passa a ser o mais rico do cemitério, e a humanidade, no
mesmo sentido, tende a tornar o nosso planeta no cemitério mais rico do universo.
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